sábado, 1 de dezembro de 2007
Pablo Neruda
"Morre lentamente quem evita uma paixão, Quem prefere o preto ao invés do branco,Ou branco ao invés do pretoE os pingos nos “iis” à um redemoinho de emoções,Exatamente a que resgata o brilho nos olhos,O sorriso nos lábios e coração aos tropeçosMorre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,Quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonhoMorre lentamente quem não se permite,Pelo menos uma vez na vida,Ouvir conselhos sensatosMorre lentamente quem não viaja,Não lê, não ouve música,Quem não encontra graça em si mesmoMorre lentamente quem passa os dias queixando-seDa sua má sorte, ou da chuva incessanteMorre lentamente quem destrói seu amor próprio,Quem não se deixa ajudarMorre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,Nunca pergunta sobre um assunto que desconhece,E nem responde quando lhe perguntam sobre algo que sabeEvitemos a morte em suaves porções,Recordando sempre que estar vivo exigeUm esforço muito maior que o simples ar que respiramosSomente com infinita paciênciaConseguiremos a verdadeira felicidade."(Pablo Neruda)
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